Foi-se o tempo em que uma campanha eleitoral era decidida em debates, comícios, carreatas e corpo a corpo com o eleitorado. Isso tudo faz parte do passado. Não quer dizer que não existam mais, mas atualmente quem ainda usa esses métodos sabe que está “pregando para convertido”.
Mesmo os debates, que eram os principais conversores de voto já não fazem mais tanta diferença, pelo contrário, alguns candidatos, quando lideram pesquisas, preferem fazer lives em seus próprios canais, seja no YouTube, no Instagram ou no Facebook, deixando os adversários sem munição para convencer o eleitor a mudar de voto.
O fato é que a Internet, sobretudo através das redes sociais, é o principal instrumento de campanhas eleitorais há alguns anos, mas sua força se tornou mais evidente em 2018, com a eleição de Jair Bolsonaro, que fez uma campanha forte nas redes sociais. Candidatos a deputado que até então eram desconhecidos do público conseguiram se eleger apenas fazendo campanha na rede.
Em 2020 não foi diferente. As eleições municipais ocorreram em plena pandemia e a campanha eleitoral digital foi a principal arma dos candidatos, principalmente aqueles com tempo de TV escasso e sem muitos recursos. Da mesma forma, o que se espera de 2022 é a ampliação das campanhas eleitorais no mundo digital.
Mas não é só entrar nas redes sociais e sair postando indiscriminadamente, sem estratégia nenhuma e acreditar que isso por si só vai convencer os eleitores. O processo de conquista da rede é feito por etapas, começando na pré-campanha, conforme explica a CEO da Campanha Digital, Christiane Liberatori. “O primeiro passo é saber como está a saúde do candidato na rede. A partir dessa análise, que chamamos de ‘Análise de Presença Digital’, temos a noção de como deve ser a estratégia para esse candidato”, ressalta.
Outro passo importante é conhecer os adversários. O time de especialistas da Campanha Digital faz uma análise aprimorada dos concorrentes a determinado cargo político, apresentando dados que auxiliam a elaborar a melhor estratégia para que a campanha seja bem sucedida. Em resumo, antes de começar a campanha nas redes, é preciso fazer um estudo para saber qual o grau de influência que o postulante ao cargo tem no ambiente digital e qual sua classificação perante os adversários.
“É óbvio que esse primeiro passo não se resume às análises do candidato e de seus concorrentes. Temos uma variedade de ações para traçar o perfil digital do candidato e do público que ele quer atingir, sempre focando no objetivo central que é a conversão de votos”, explica Liberatori.
Planejamento de ações
Depois de realizadas todas as análises e posicionado o candidato nas redes, começa a etapa de planejamento das ações. Esse planejamento começa pelo conhecimento da base do candidato, para que este esteja totalmente alinhado com as pessoas que o seguem. Além disso, o candidato pode conhecer quem é seu público-alvo e como ele se comporta. “Essa é uma ação fundamental, para que se estabeleça a integração entre o candidato e seu público-alvo. De nada adianta ter uma rede sólida, com boa presença, se as ações dentro dessa rede não forem direcionadas de forma correta”, explica o diretor comercial da Campanha Digital, Ed Tolentino. “É importante frisar que todas essas ações estão 100% dentro das normas da Lei Geral de Processamento de Dados (LGPD) e da legislação eleitoral”, completa.
Após essa etapa, as ações são segmentadas, com planejamento de conteúdos estratégicos, investimento em campanhas de Ads, mapeamento de interesse do público-alvo, consultoria estratégica político-eleitoral, entre outras.
Ações estratégicas de conversão
A etapa mais importante para o candidato é a conversão de votos. Após toda a preparação realizada na pré-campanha, o período de campanha servirá para a captação dos leads e conversão desses leads em votos. Para isso, a equipe da Campanha Digital atua em várias frentes, desde a consultoria para a montagem da plataforma eleitoral, até a realização de pesquisas de opinião, dentro e fora do ambiente digital.
Segundo Christiane Liberatori, as decisões sobre estratégias são totalmente discutidas com o candidato e ele deve aprovar tudo antes de ser realizado, desde os conteúdos nas redes sociais, blogs e sites até a interação com os eleitores. Para ela, é importante que haja esse alinhamento entre as equipes da Campanha Digital e do candidato, para que em casos de crise, todos falem a mesma língua e consigam contornar a situação da melhor maneira possível.
“Em tempos de fake news e desinformação nas redes sociais, ter um suporte que garanta a saúde do candidato na rede é fundamental, e nós fazemos isso há mais de dez anos, então temos gabarito para gerenciar qualquer crise que ocorra durante a campanha”, afirma Liberatori.“Fazer uma campanha eleitoral não é tarefa fácil, por isso estamos sempre nos aprimorando e buscando as melhores soluções para que os resultados sejam satisfatórios”, conclui.